Água de Meninos – A Feira do Cinema Novo vem ganhando corpo na ilha de edição e se configura num documentário onde sua força é mostrar a memória dos personagens ligados a feira, lugar de resistência e forte representação cultural, para isso personagens como o Álvaro Queiroz relembra a abundancia adquirida na Feira de Água de Meninos e os enormes prejuízos com seu incêndio. Pitanga encanta ao narrar sua ligação prematura com a feira e o tempo em que fazer cinema era o grande mobilizador social representando na telona para toda a gente a indignação do povo. Muitas falas que nos informa e encanta, clareia e emociona, um mix de imagens que tem a graça e talento de Claudia Chávez a costurar sua montagem ao lado do parceiro Marcelo Pinheiro na co-edição e correção de cor.
Marcelo Pinheiro e Claudia Chávez, equipe de editores. |
Com o tempo de 52 minutos o doc se equilibra em quatro tempos, um sobre a Feira de Água de Meninos, o Cinema Novo feito na Feira, seu incêndio e o hoje em São Joaquim, uma narrativa que conduz o espectador ao panorama histórico de uma gente cheia de lembranças e causos que fará o presente se conectar com o passado, refrescando-se na magia dos orixás que regem o universo da feira e do cinema.
Entrevista com o feirante Duda |
Infelizmente nem toda entrevista capturada se adapta a essa narrativa, os respiros e tempos do filme encontrados na montagem se impõem sobre o desejo de ter tudo e todos no documentário. Fica para estes personagens ocultos pela edição a gratidão por sua entrega, e a certeza de que aprendemos mais a cada relato colhido e corte feito na busca pela dimensão que cativa e embeleza a obra fílmica.
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